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Fotos: Arquivo pessoal/
Caçula entre seis irmãos, a artista plástica Ophélia Carmem Cóser, 98 anos, nasceu em Porto Alegre. Ela foi casada com o médico Reinaldo Fernando Cóser, falecido em 1974. Eles tiveram seis filhos, Pedro, Virgínia, Francisco, Marcelo, Paulo e Reinaldo, 14 netos e seis bisnetos.
A porto-alegrense formou-se bacharel em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1942. Em 1957, Reinaldo foi contratado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), trazendo a família à Cidade Cultura. Em Santa Maria, Ophélia especializou-se em artesanato. Ela até desenvolveu uma técnica que transformava flores desidratadas em quadros. O gosto pelas artes influenciou membros da família. Depois de quatro décadas sem tocar, a musicista, aos 79 anos, retomou o piano e se apresentou em diversos recitais no Theatro Treze de Maio.
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No dia a dia, era cativante, querida, disposta e entusiasmada, segundo a filha:
- Mesmo em meio aos desafios que a vida impôs, nunca se queixou. Dedicada à formação dos filhos e agregadora, sempre tinha uma palavra de alento e amor.
Viajar e passear era uma das atividades preferidas de Ophélia. A idosa adorava dirigir, atividade que exerceu até 2006. Aos 85 anos, foi aconselhada a parar de conduzir o carro.
Em 1983, ela conheceu o Japão e, a última viagem que fez ao exterior foi para Chicago, para ver o neto Francisco formar-se violinista, em 2014.
Virgínia e a mãe moravam juntas. Para a filha, ficará a saudade dos almoços aos finais de semana:
- Ela se preocupava em oferecer os pratos preferidos de cada um, para agradar a todos. Com ela, a mesa ficava repleta e divertida.
Nos últimos anos, a principal festa da família era o aniversário da matriarca.Paulo acompanhava a mãe no cinema, teatro e em shows. Ophélia se deleitava ao ouvir o filho tocando piano:
- Nossa mãe era carinhosa, conselheira e de bem com a vida.
Ophélia Carmem Cóser morreu em 18 de julho, devido a uma pneumonia. Ela foi cremada, no dia seguinte, no Crematório Angelus, em Capão do Leão.